Formação em Psicanálise Clínica pelo Instituto da Psicanálise Lacaniana/SP (IPLA), com pós-graduação no Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), especialização em Psicanálise pela PUC-SP e pós-graduação no Departamento de Antropologia Social (IFCH/Unicamp).
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SIGMUND FREUD - JACQUES LACAN - DONALD W. WINNICOTT - FÉLIX GUATTARI
Psicanalista
Fernando Reis
Graduação em História e Mestrado em Antropologia, ambas pela Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP, pós-graduação em Psicanálise pela PUC-SP e Universidade Estadual de São Paulo/USP, curso de formação em Psicanálise pelo Instituto da Psicanálise Lacaniana/IPLA-SP e cursos livres de psicanálise no CEP (Centro de Estudos Psicanalíticos) e Sedes Sapientia.
Trabalho com a psicanálise a partir das ideias de Sigmund Freud, da teoria da linguagem de Jacques Lacan, da teoria do amadurecimento de Donald W. Winnicott, da noção de Inconsciente Maquínico de Félix Guattari e das Filosofias de Baruch Espinosa, Henri Bergson, Friedrich Nietzsche e Gilles Deleuze. Em minha formação estabeleço diálogos com os psicanalistas Sandor Ferenczi, Melanie Klein, Wilfred R. Bion, Françoise Dolto, Christopher Bollas, Andre Green, além da Psicanálise do Real de Jorge Forbes.
Valorizo os diálogos da psicanálise com a Antropologia, as Artes, o Cinema, a Literatura e as Mitologias de diversos povos e culturas.
A Psicanálise, desenvolvida por Sigmund Freud no final do século XIX, continua a exercer influência significativa no campo da psicologia e da psicoterapia no século XXI, embora tenha passado por várias transformações ao longo dos anos. Além de uma Teoria da Sociedade e do Humano, ela é uma Técnica de manejo e intervenção sobre as diversas modalidades de sofrimento psíquico e emocional.
Enquanto saber teórico-clínico, ela permanece como uma abordagem muito influente no século XXI, continuando a oferecer insights profundos sobre a mente humana e os diversos fatores psicossociais causadores de conflitos internos, sofrimentos, angústias etc.
Seu potencial para tratar e manejar sintomas e distúrbios muito comuns no mundo contemporâneo deriva de sua capacidade para buscar nas origens da história do Sujeito Humano as raízes de seus conflitos e sofrimentos atuais.
Alguns dos temas, questões e patologias com os quais a Psicanálise lida em suas teorizações e prática clínica são:
Ansiedade e Estresse: A Psicanálise pode oferecer uma compreensão aprofundada das raízes inconscientes da ansiedade e do estresse. Ao explorar os processos mentais subjacentes e os padrões emocionais, os pacientes podem desenvolver uma maior consciência e aprender estratégias para lidar com esses sintomas.
Depressão: A abordagem psicanalítica permite uma exploração cuidadosa das causas subjacentes da depressão, muitas vezes relacionadas a conflitos não resolvidos, experiências passadas e padrões de pensamento desgastados e negativos. O trabalho terapêutico pode ajudar a reestruturar esses padrões e promover uma compreensão mais profunda de si mesmo e da própria estrutura “desejante”.
Relacionamentos Interpessoais: Problemas nos relacionamentos são cada vez mais comuns na contemporaneidade. A Psicanálise, ao focar nas dinâmicas inconscientes nas relações, pode ajudar os indivíduos a compreenderem melhor seus padrões de comportamento e a melhorar a qualidade de suas interações interpessoais.
Desenvolvimento Pessoal: Em um mundo acelerado e muitas vezes superficial, chamado por alguns de pós-moderno, a Psicanálise oferece um espaço para a reflexão profunda sobre os lugares existenciais ocupados pelo Sujeito e sobre os diversos papéis sociais impostos ou autoimpostos a si mesmo. As transformações resultantes desse processo pode levar a uma maior autenticidade, resiliência emocional e autoaceitação.
Lidando com Traumas: A Psicanálise é eficaz no tratamento de traumas, ajudando os indivíduos a processar experiências dolorosas do passado. Ao trazer à tona memórias reprimidas e explorar os efeitos dessas experiências, a terapia pode ajudar na cura emocional e na redução de sintomas associados ao trauma.
Adaptação às Mudanças Sociais: A Psicanálise é flexível o suficiente para abordar questões contemporâneas, como a pressão social, mudanças nos padrões familiares e identidade em evolução. Ela oferece um quadro teórico que pode ser aplicado para entender as complexidades das experiências individuais em contextos sociais em constante transformação.
Invenção e Responsabilidade: Nos fundamentos da Psicanálise normalmente difundidos pelos meios de comunicação, responsabilidade e inconsciente não são termos que aparecem conjugados, chegando a ser considerados excludentes. Assim, a responsabilidade estaria associada à consciência plena e onde houvesse inconsciência não poderia haver responsabilidade. Visitando a clínica, a escola, a família, o direito, a empresa etc, a Psicanálise mostra toda sua virulência além da procura ou da recuperação de um passado perdido, oculto e reprimido. Ela implica, e enfatiza, a participação de cada um na “invenção do futuro”. Propõe um encontro com o acaso, com o “estranho”, onde não me reconheço e que, no entanto, constitui meu mais íntimo, e pelo qual não posso deixar de me responsabilizar.
Em resumo, a Psicanálise destaca-se na abordagem de uma variedade de desafios psicológicos comuns na sociedade contemporânea, oferecendo não apenas alívio sintomático, mas também promovendo o “autoconhecimento”, a “resiliência emocional” e o “desenvolvimento pessoal”. Ao explorar as camadas mais profundas da psique, ela pode fornecer insights valiosos para lidar com os dilemas da vida moderna de forma autêntica, inventiva, criativa e responsável.
Psicanálise para Adultos
Influência de princípios e práticas da Arteterapia, Ludoterapia, Esquizodrama e Esquizoanálise
Psicanálise para Crianças e Adolescentes
Existem vários pressupostos fundamentais que formam a base da abordagem psicanalítica. Alguns dos principais são:
Inconsciente: A Psicanálise parte do pressuposto de que a maior parte da atividade mental ocorre no nível inconsciente. Freud propôs que pensamentos, sentimentos e desejos reprimidos, ou não reconhecidos, exercem influência significativa no comportamento humano e nos modos como cada um somos afetados pelo mundo e pelas circunstâncias que nos cercam.
Condicionamento Psíquico: A Psicanálise acredita nos determinantes do psiquismo, isto é, sugere que os comportamentos, pensamentos, sentimentos e os sintomas têm causas subjacentes e podem ser entendidos através da exploração das raízes inconscientes de sua formação.
Desenvolvimento Psicossexual: Freud propôs uma teoria do desenvolvimento psicossexual, destacando estágios específicos durante os quais a personalidade se forma. A resolução bem-sucedida de conflitos em cada um dos estágios contribui para um desenvolvimento saudável.
Transferência e Contratransferência: A relação entre o paciente e o terapeuta é central na Psicanálise. A transferência ocorre quando o paciente projeta emoções e sentimentos não resolvidos em relação a figuras significativas do passado no terapeuta. A contratransferência refere-se aos sentimentos do terapeuta em resposta à transferência do paciente.
Conflitos Psíquicos: A Psicanálise reconhece a presença de conflitos psíquicos, muitas vezes entre impulsos inconscientes e mecanismos de defesa utilizados para lidar com esses impulsos. A resolução desses conflitos é vista como crucial para o bem-estar mental.
Mecanismos de Defesa: A Psicanálise identifica vários mecanismos de defesa que as pessoas utilizam para lidar com emoções desconfortáveis ou ameaças ao ego e à si próprias. Exemplos incluem a negação, a projeção, a sublimação etc.
Análise do Sonho: Freud atribuiu grande importância à interpretação dos sonhos como um meio de acessar os conteúdos inconscientes. Os sonhos, segundo a Psicanálise, representam desejos reprimidos e ligam-se a processos mentais subjacentes.
Linguagem e Comunicação: A Psicanálise enfatiza a importância da linguagem e da comunicação verbal na exploração do inconsciente. A livre associação, onde os pacientes falam livremente sem censura, é um método essencial, o pilar essencial da Ética e da Técnica terapêutica.
Resistência: Os pacientes podem resistir a certas ideias ou lembranças durante a análise, o que é considerado uma parte natural do processo terapêutico. A resistência é vista como uma forma de proteção contra a revelação de conteúdos emocionais difíceis.
Esses são alguns dos pressupostos fundamentais que formam a estrutura teórica da Psicanálise. É importante que se tenha em mente a pluralidade do Campo Psi, sendo a Psicanálise um saber que se propõe ou oferece:
Abordagens diversificadas: A Psicanálise evoluiu ao longo do tempo, dando origem a diferentes abordagens, como a psicologia do ego, de Donald Winnicott a psicologia analítica de Carl Jung, a psicologia da Linguagem de Jacques Lacan, dentre outras contribuições de muitos psicanalistas contemporâneos. Essas abordagens diversificadas oferecem uma gama mais ampla de perspectivas para entender o funcionamento do psiquismo humano.
Integração com outras Terapias: Nos dias de hoje, muitos profissionais integram princípios psicanalíticos com outras abordagens terapêuticas, como a psiquiatria, a terapia cognitivo-comportamental (TCC), a terapia sistêmica, dentre outras. Essa integração visa abordar as necessidades específicas dos pacientes de maneira mais abrangente.
Relevância em diferentes contextos: A Psicanálise mantém sua relevância em várias áreas, incluindo áreas díspares como a filosofia, a psicologia clínica, a psiquiatria, a psicologia organizacional, a sociologia, a antropologia, estudos culturais etc. Suas teorias continuam a influenciar a compreensão da mente humana, mesmo que em contextos diferentes do originalmente proposto por Freud.
Ênfase nas Relações Interpessoais: A abordagem psicanalítica ainda destaca a importância das relações interpessoais, explorando os padrões comportamentais e emocionais profundos que podem influenciar a vida dos indivíduos.
Adaptação às novas tecnologias: Com o avanço da tecnologia, a Psicanálise também se adaptou, oferecendo opções de terapia online e utilizando recursos como videoconferências para manter a acessibilidade e a continuidade do tratamento.
Importante frisar que existem diferentes escolas de pensamento dentro da abordagem psicanalítica, e diferentes analistas dentro de cada escola – cada um com seu próprio estilo e técnicas de manejo específicas – e cada uma vai enfatizar aspectos específicos do Sujeito, de sua história pessoal e de seus processos psíquicos.
"Você pode saber o que disse, mas nunca o que o outro escutou."
Jacques Lacan
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